Veja como funciona o pagamento do Fies e suas modalidades de financiamento!

O Fies é uma das soluções para quem deseja ingressar em uma faculdade privada, mas não consegue arcar com os custos. Confira os modelos de financiamento disponíveis e como funciona o pagamento de cada um deles!

Por oferecer boas condições e juros baixos, o Fies é uma excelente opção para muitos alunos que não ingressaram em universidades públicas ou não têm condições de pagar as mensalidades de uma faculdade privada.

Na versão mais recente, foram feitas algumas alterações nas regras do pagamento do Fies e nas formas de renegociação, sendo uma oportunidade ideal para você realizar o sonho de conseguir o seu diploma de nível superior.

Preparamos este conteúdo com o objetivo de ajudar você a entender as normas financeiras do programa e as condições atuais para renegociar as suas dívidas. Boa leitura!

O que é o Fies?

O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) é um programa gerenciado pelo Governo Federal, e trata-se de uma ótima alternativa para os estudantes que querem cursar uma faculdade particular sem arcar com os custos das mensalidades.

Com o Fies, é possível fazer o curso todo pagando uma parte da mensalidade ou só pagar no término da graduação, e depois de se formar, efetuar o pagamento parcelado dos valores restantes conforme previsto no contrato.

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Como funciona o pagamento do Fies?

A partir do momento em que os alunos são contemplados pelo financiamento estudantil, eles devem entender as etapas de pagamento durante o curso e depois da formação.

Esclarecemos, a seguir, como funcionam esses pagamentos para você se organizar melhor financeiramente e deixar as parcelas em dia. Confira!

Durante o curso

No decorrer do curso, os estudantes se deparam com a fase de utilização, e nesse período, devem se comprometer a pagar uma taxa específica.

Essa cobrança é por volta de R$150,00, e ocorre de forma trimestral, ou seja, a cada três meses você precisa pagar esse valor durante sua graduação.

Após a conclusão do curso

No momento em que você terminar sua faculdade, será enquadrado na fase de carência. Esse período tem 18 meses de duração, e o pagamento se mantém da mesma forma que era na etapa de utilização do curso.

Vale destacar que essa é uma fase de transição, então, o aluno que acabou de terminar a faculdade, por exemplo, talvez tenha saído de um estágio e ainda está procurando um emprego formal na área que escolheu.

Assim que terminar a fase de carência, começa a etapa de amortização, que é considerado o período mais longo do financiamento estudantil.

Nessa etapa, você terá um intervalo de até três vezes a duração regular do seu curso. Isso significa que, se você escolheu o curso de jornalismo, por exemplo, que dura 04 anos, você pode fazer o pagamento em até 12 anos.

É possível também pagar de forma antecipada, mas você pode seguir o tempo máximo previsto. Esse período é maior porque vai depender do valor das parcelas disponíveis considerando suas condições de pagamento.

Isso acontece porque nessa fase de amortização, o programa subentende que você já conseguiu um emprego, tem um bom salário, alcançou estabilidade e por isso vai conseguir pagar o restante do seu financiamento.

O valor que não foi coberto pelas tarifas que você pagou durante o curso e na fase de carência, será dividido em parcelas mensais conforme a vigência do contrato para efetuar o pagamento do Fies. 

As taxas são mais altas porque variam de acordo com o custo do seu financiamento, conforme os valores do curso e o período que você vai poder pagar, se será em menos tempo ou na duração máxima.

Ao cumprir essas três fases, você terá devolvido o dinheiro que as instituições financeiras e o Governo Federal emprestaram, ou seja, pagou o financiamento e está livre de dívidas.

Quais as modalidades de financiamento do FIES?

As modalidades disponíveis para o apoio ao estudante dependerão do rendimento familiar mensal do candidato.

A modalidade Fies é para os estudantes com renda familiar mensal bruta de até 3 salários mínimos. O responsável por operar esse financiamento é a Caixa Econômica Federal.

Depois de ter as informações validadas pela instituição de ensino escolhida, o estudante deve comparecer à agência da caixa que ele escolheu no ato da inscrição para contratar o financiamento.

Além disso, existe também o P-Fies, destinado aos estudantes com renda familiar mensal bruta de até 5 salários mínimos. 

Após as validações do candidato pela instituição de ensino, ele deve comparecer ao banco privado responsável pela pré-aprovação do crédito para assinar o contrato P-Fies.

Essa modalidade é uma chance a mais de conseguir o empréstimo, já que o número de vagas para o Fies é limitado.

Por isso, é muito importante indicar ao menos um fiador, pois quanto maior a renda, maiores são as chances de conseguir aprovação no financiamento.

As fianças disponíveis correspondem ao modelo convencional, solidário e Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo (FGEDUC). 

A seguir, vamos explicar cada uma delas para você entender melhor como funcionam. Confira!

Fiança Convencional

Na Fiança Convencional, o aluno deverá apresentar ao agente financeiro dois fiadores.

Os envolvidos devem ser maiores de 18 anos e ter condições de quitar a dívida do financiamento em casos de falta de pagamentos.

Fiança Solidária

Os alunos financiados pelo FIES se reúnem em um grupo de três a cinco participantes que são responsáveis ​​por todos os valores devidos como um todo. 

O grupo deve ser composto por graduandos da mesma universidade, e deve ser integrado por um agente financeiro no momento da assinatura do contrato de empréstimo, por isso, não é necessária comprovação de renda

Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo

Para aqueles que têm dificuldade em providenciar um fiador, o Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo (FGEDUC) é a opção mais indicada. 

No entanto, esse benefício é limitado aos alunos de graduação cuja renda familiar mensal per capita não ultrapasse 1,5 salário mínimo. 

As universidades podem aderir a este modelo no ato da inscrição, se fizerem parte da iniciativa. Vale destacar que a participação das instituições de ensino é voluntária.

Como é feito o cálculo do Fies?

O cálculo do Fies é feito por meio da divisão do valor da mensalidade com desconto, pela renda familiar mensal bruta per capita e multiplicando esse resultado por 100.

Com esse cálculo, é possível determinar o percentual de comprometimento conforme o curso escolhido.

Para você ter uma ideia do valor do parcelamento, é possível fazer uma simulação no site do Fies. Basta visitar, inserir os dados solicitados e ver quanto provavelmente será o valor da sua mensalidade.

Como pagar o boleto do Fies?

A forma de pagamento dos boletos pode variar de acordo com o banco que assinou o contrato. 

Normalmente, os boletos de pagamento são enviados por correio para o endereço físico informado pelo aluno no ato do cadastro no Fies. 

Essas alternativas funcionam como qualquer outra conta: os pagamentos podem ser feitos em uma agência bancária, caixa eletrônico ou via internet banking até a data de vencimento. 

Dependendo do banco que emite a taxa, o pagamento também pode ser feito nas casas lotéricas.

Como tirar a segunda via do boleto?

Para quem acabar perdendo os prazos de pagamento, um segundo boleto do Fies pode ser solicitado no site da instituição financeira contratante. 

Por exemplo, para o financiamento da Caixa Econômica Federal, o banco possui uma página dedicada aos beneficiários do Fies. 

Em caso de atrasos, será necessário solicitar um novo extrato bancário e taxa reajustada e pagar diretamente ao banco. É importante que o aluno não atrase o boleto do Fies durante o curso ou na fase de amortização. 

Em caso de inadimplência durante o programa, o beneficiário pode perder os benefícios e não conseguir se formar. 

Durante o período de amortização, os alunos que não pagam também perdem benefícios e assumem dívidas maiores fora do plano.

Renegociação de dívida do Fies

A última renegociação do Fies iniciou-se em setembro de 2022 e foi até 31 de dezembro do mesmo ano.

A Caixa Econômica Federal disponibilizou uma cartilha com instruções para os estudantes renegociarem as dívidas referentes ao financiamento estudantil. 

A renegociação foi válida apenas para contratos firmados até o fim de 2017, que estavam em fase de amortização em 30 de dezembro de 2021, quando foram editadas as medidas provisórias sobre os critérios iniciais do processo.

Durante a tramitação no Congresso, os parlamentares fizeram algumas mudanças, principalmente em termos de percentuais de desconto e parcelamento de saldos.

A renegociação exigiu, portanto, um novo regulamento, que foi publicado no Diário Oficial da União em 22 de julho de 2022. 

A partir de agora, haverá novo percentual de desconto para contratos com atraso de pagamento superior a 360 dias a partir da data de publicação das medidas provisórias.

Em relação às mudanças, os estudantes devem ficar atentos ao Projeto de Lei 3016/22, que tem o objetivo de ampliar os prazos de renegociação das dívidas do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

A proposta, elaborada pelo deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS), foi apresentada no dia 15 de dezembro do ano passado. 

Esse projeto altera a Lei nº 14.375, aprovada em junho de 2022, e visa estender o prazo para negociações até 31 de dezembro de 2023. 

A regra anterior estabelecia que os alunos tinham até 31 de dezembro de 2022 para concluir a operação com a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil.

Apesar de não ter uma data definida para implementação, o Projeto de Lei já está em fase conclusiva e será analisado pelas comissões de Educação, Finanças e Tributação, Cidadania, Constituição e Justiça.

Por isso, é essencial que os estudantes fiquem atentos às novas mudanças para realizar as renegociações dentro dos novos prazos vigentes.

Agora que você já sabe como funciona o pagamento do Fies, as principais modalidades de financiamento e as novidades sobre a renegociação, aproveite para conhecer os cursos da UNINASSAU e faça a sua matrícula agora mesmo!

Outras dúvidas sobre o pagamento do Fies que podem ajudar

  1. Qual o valor que o Fies cobre?

    O valor semestral máximo para o curso de medicina ficou estabelecido em R$ 52.805,66. Para os demais cursos, o teto financiável por semestre é de R$ 42.983,70. Já o valor mínimo de financiamento para todos os cursos é de R$ 300.

  2. Como conseguir bolsa de 100% no Fies?

    Para a modalidade do Fies com 100% de cobertura das mensalidades, será necessário comprovar que é aluno de baixa renda.

  3. Quem faz Fies paga alguma coisa?

    Sim. Apesar de arcar com a maioria dos custos, os estudantes devem pagar tarifas durante o curso e na fase de carência, para depois, assumir o valor das parcelas do financiamento estudantil.

  4. O que é preciso para conseguir o Fies?

    Para solicitar o financiamento, você deve ter participado do Enem (a partir de 2010), com média igual ou maior do que 450 pontos, e nota maior ou igual a 400 na redação. Outro critério é o da renda familiar mensal, que tem que ser de até 3 salários mínimos por pessoa.

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