Apesar de não ser um conceito novo — sendo aplicado por desenvolvedores de softwares e jogos eletrônicos desde a década de 1970 —, a gamificação (ou ludificação) tem ganhado os ambientes corporativos, campanhas de marketing e também as salas de aula.
Na educação ela aplica elementos e técnicas típicos dos jogos no ambiente de aprendizagem, em situações que estimulam a interação, tornando as atividades mais prazerosas e fazendo com que as pessoas tenham mais vontade de participar das tarefas propostas.
A seguir, vamos explicar melhor o que é gamificação e como o conceito pode ser aplicado em sala de aula. Quer entender como funciona? Então, continue com a gente!
O que é gamificação?
Gamificação, do inglês gamification, é o emprego de mecânicas comuns aos games em contextos fora dos jogos, como na sala de aula.
A gamificação faz parte dos vários tipos de metodologias ativas que ajudam o professor a estimular seus alunos na busca pelo conhecimento.
Dentro, ainda, de um contexto de educação continuada, o elemento lúdico proporcionado pela gamificação funciona muito se comparado aos métodos tradicionais de aprendizagem para motivar o estudante e manter seu interesse na jornada de aquisição do conhecimento.

Qual a importância da gamificação para os estudos?
A aplicação dessa metodologia, por meio de competições, trabalho em equipe, recompensas com pontuação, pode ajudar os alunos a aprender melhor, engajando-os de forma divertida e aumentando sua motivação para estudar.
Em tempos em que novos desafios surgem diariamente — como manter a atenção do aluno na modalidade EaD — pensar estratégias para enfrentar esses obstáculos é indispensável, e a gamificação surge como importante ferramenta nesse sentido, aliada à tecnologia e criatividade.
Além de estimular a criatividade e o engajamento, a gamificação também facilita o foco do aluno nas atividades, desenvolve a concentração e o trabalho em grupo.
Para uma melhor aplicação desses conceitos, a gamificação precisa ser bem pensada e implementada na medida certa para cada ambiente e turma de alunos.
Por exemplo: se os desafios propostos forem difíceis demais, podem levar à desistência, e se forem muito fáceis, podem deixar os alunos entediados ou desmotivados.
Quais os pilares da gamificação e como aplicar esse conceito?
A estrutura da dinâmica da gamificação se dá por meio do Octalysis: oito pilares principais definidos por Yu-Kai Chou, o coreano que é um dos pioneiros desse tema. Vamos entender um pouco mais sobre as etapas e suas aplicações.
Evolução e conquista
Esse pilar da gamificação estimula diretamente a inventividade e capacidade de adaptação, pois todo game exige que o jogador se adapte ao cenário para sobreviver e vencer os desafios, e isso aumenta a satisfação pelas conquistas.
Fortalecimento da criatividade e feedback
Para evoluir e vencer, é preciso usar a criatividade, essa é a base desse pilar, aplicado nos desafios propostos. Além disso, o feedback do participante exige que ele observe e compreenda seus resultados.
Vocação épica
Um dos pilares mais importantes da gamificação é aplicado por meio de histórias e missões que embasam o contexto do jogo. Isso faz com que o jogador sinta que foi escolhido para um propósito e está realizando algo valoroso, sendo essa a sua recompensa mais eficaz.
Influência Social e pertencimento
Esse pilar diz respeito ao sentimento de pertencer a um grupo, fazer parte de uma comunidade, e estimula que o jogador busque melhores resultados não só como indivíduo, mas pelo bem dos colegas. Estimula também a busca por se destacar no meio em que está inserido.
Imprevisibilidade e curiosidade
A curiosidade, bem como a imprevisibilidade sobre o que virá na próxima fase do jogo, faz com que o jogador queira permanecer engajado e ativo nas tarefas. É um dos pilares que mais motiva os participantes a permanecer no processo de gamificação.
Propriedade e posse
Esse pilar parte da pressuposição de que todos têm motivação à posse. Assim, pode ser aplicado oferecendo ao jogador recompensas materiais ou virtuais, como vantagens sobre os outros concorrentes.
Escassez e Impaciência
Qualquer jogador de videogames sabe que as recompensas são escassas, não são para todos, e isso os estimula a se dedicar mais, para não sentir a impaciência de não conquistar o que pretendia.
Prevenção de perdas
Por fim, temos o pilar da prevenção de perdas, que trabalha com o conceito de que, depois de chegar a determinada fase, nenhum jogador gostaria de desistir e jogar fora todo seu progresso.
A partir do momento em que se esforça para conseguir evolução e recompensas, o participante fará o possível para permanecer com elas.
Vale a pena aplicar a gamificação?
São muitas as abordagens possíveis para se aplicar a gamificação na educação, principalmente quando apoiada por tecnologia que permita tornar sua aplicação viável.
A gamificação pode ainda ser aplicada de forma a substituir o sistema de avaliações e provas tradicionais por atividades mais estimulantes e prazerosas para os alunos.
Partindo do princípio de que os alunos se comprometem mais e aprendem melhor quando estimulados de forma divertida, e incentivados à competição saudável para atingir realizações, a gamificação usa o lúdico como facilitador nesse processo.
Agora que você já sabe o que é gamificação, seus pilares, objetivos e aplicações, confira como o uso da tecnologia na educação tem auxiliado no processo de aprendizagem dos alunos.
Outras dúvidas sobre gamificação que podem ajudar
- Qual o objetivo da gamificação?
A gamificação tem como objetivo adicionar componentes lúdicos típicos dos jogos para tornar a aprendizagem mais dinâmica, divertida e fácil de assimilar.
- Quem criou a gamificação?
Vários autores apontam Nick Pelling, um programador britânico, como criador do termo, embora conceitos relacionados à gamificação já existam desde os anos 70.
- Qual a metodologia da gamificação?
A gamificação estimula o desenvolvimento de habilidades e competências pela aplicação de dinâmicas, conceitos e ferramentas comumente associadas aos videogames em situações e ambientes fora dos jogos.