Depois de terminar a graduação em Medicina, o médico pode se especializar, fazendo a residência médica. Trata-se de uma pós-graduação, na qual o profissional adquire todas as competências para trabalhar em uma especialidade médica.
Mas, afinal, como funciona a residência médica e qual seu tempo de duração? A seguir, você confere as respostas para essas e outras questões sobre o assunto. Vem com a gente e saiba mais!
O que é residência médica?
É uma pós-graduação para os médicos que desejam se tornar especialistas, sendo caracterizada como um treinamento em serviço. O programa, regulamentado pelo Ministério da Educação (MEC) e realizado em hospitais públicos e privados, tem como objetivo a aprendizagem prática.
A ideia é que eles conheçam a rotina da instituição de saúde, participem de diferentes casos clínicos e aprimorem seu conhecimento e habilidades, tudo com a supervisão de médicos experientes na especialidade.
Como surgiu a residência médica?
A residência médica teve origem nos Estados Unidos no final do século XIX com o intuito de complementar a formação dos médicos. No Brasil, esse tipo de programa surgiu em 1945 no Hospital das Clínicas, em São Paulo, e a primeira residência médica oferecida foi em Ortopedia.
Somente em 1964 é que a residência médica passou a ser uma pós-graduação, sendo que, em 1977, o programa passou a ser oficial com o Decreto nº 80.281, que criou a Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM).
A partir daí, as residências médicas passaram a seguir uma legislação com normas e regras, especialmente para o credenciamento de novos programas.
Como funciona o programa?
A residência médica pode ser realizada por médicos que concluíram a graduação e com registro no Conselho Regional de Medicina (CRM). Para participar, o médico se inscreve no programa que deseja se especializar e realiza uma prova, que é bem concorrida.
Então, além dos 6 anos de estudos da graduação, o recém-formado que busca se especializar precisa estudar muito para ser aprovado no programa de residência. Depois que ele ingressa no programa, tem um treinamento intensivo, que inclui:
- acompanhamento de pacientes internados;
- atendimento em ambulatórios;
- realização de plantões;
- atendimento em casos de urgência;
- apresentação e discussão de casos clínicos.
Como dissemos, todas as atividades realizadas pelo residente são supervisionadas por um médico que tem qualificação na área.
Ao terminar a residência médica, o médico obtém, de maneira automática, o título de especialista, que tem reconhecimento do MEC.
Saiba ainda que o residente não precisa pagar para participar do programa, na verdade, ele recebe uma bolsa no valor médio de R$ 4.106,09, que pode ser financiada de forma pública ou privada a depender do local onde o programa é realizado.
Diferença entre residência médica e curso de especialização
Ao se formar em Medicina, o médico pode atuar como médico generalista, porém, se quiser se tornar especialista, pode fazer a residência médica ou um curso de especialização.
Como foi dito, a residência é um curso de especialização, porém tem um formato próprio e uma carga horária mais extensa. Além disso, é considerada padrão-ouro de especialização médica pelo MEC.
No caso de cursos de especialização, oferecidos por instituições públicas ou privadas, o médico tem uma carga horária menor de aprendizado. Para ter o título de especialista, além do curso, ele precisa realizar uma prova da Associação Médica Brasileira (AMB) e da Sociedade da Especialidade escolhida, e cumprir outros requisitos.
Quanto tempo dura a residência médica?
O tempo de duração da residência médica pode variar, de 2 a 5 anos, de acordo com cada especialidade. Por exemplo, o programa de Clínica Médica dura 2 anos, o de Ginecologia e Obstetrícia, 3 anos e o de Neurocirurgia, 5 anos.
Os programas não podem exceder as 60 horas semanais, incluindo, no máximo, 24 horas de plantão. O residente tem um dia de folga na semana e 30 dias consecutivos de férias a cada ano da residência.
Quais os tipos de residência médica?
Existem diferentes programas de residência médica, de especialidades clínicas e cirúrgicas, que o médico pode escolher de acordo com o seu perfil, como Pediatria, Ortopedia e Traumatologia, Urologia, Cardiologia, Psiquiatria, entre outros.
Além da área escolhida, é importante saber que há programas de acesso direto e outros que exigem que o médico tenha feito residência em alguma área específica. Por exemplo: para fazer a residência em Cirurgia Plástica, o médico precisa ter a especialização em Cirurgia Geral.
O que diz a Lei da Residência Médica?
A Lei da Residência Médica é a Lei nº 6.932/81, que estabelece as atividades do médico residente. Como é antiga, já passou por várias atualizações, especialmente em relação ao valor da bolsa do residente.
É uma legislação que apresenta os direitos e deveres do residente, carga horária, folgas, responsabilidades das instituições que oferecem o programa, entre outras normas.
E aí? Gostou de saber como funciona a residência médica? Se você sonha em se formar em Medicina já sabe como essa etapa de aprendizagem prática é importante para prestar um serviço de qualidade em uma especialidade médica.
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