Os recursos digitais estão presentes no nosso dia a dia, sendo que, nos últimos anos, passaram a ser utilizados também na área da saúde. Aqui o grande destaque é a telemedicina, tecnologia que possibilita o atendimento médico a distância.
Quer entender o que é telemedicina, como ela funciona, seus benefícios e quais cuidados são exigidos no uso do recurso durante a prática médica? Confira nosso post e veja as respostas para essas e outras perguntas!
O que é telemedicina?
Telemedicina é a realização de cuidados médicos de forma remota, ou seja, com o uso de tecnologias de informação e comunicação. Além de consultas médicas, o termo engloba a emissão de laudos, a assistência médica e a educação continuada de profissionais de saúde – tudo feito a distância.
Então, médico e paciente podem estar em locais diferentes na hora da consulta para avaliar sintomas, dar orientações e prescrever medicamentos, exames e outros tratamentos. O profissional pode ainda emitir atestados de forma online.
Portanto, é a tecnologia ampliando o acesso à saúde em casos de sintomas não urgentes. A legislação que regulamenta a telemedicina no Brasil é a Resolução CFM 2.314/2022.
Como funciona a telemedicina?
É um atendimento médico mediado por tecnologias, que podem ser videochamadas ou plataformas online.
Assim, é um serviço que utiliza equipamentos, softwares e outros recursos para que possa haver o contato entre médico e paciente e para que as informações trocadas e armazenadas estejam em segurança.
A resolução do CFM que regulamenta a telemedicina, estabelece algumas modalidades de atendimento, como:
- teleconsulta – consulta realizada online, sendo que o CFM determina que a consulta presencial é padrão ouro de referência no atendimento, considerando a teleconsulta uma prática complementar;
- teleinterconsulta – troca de informações e opiniões entre médicos, importante para discussão de casos clínicos;
- telediagnóstico – transmissão de dados e imagens para o laudo a distância;
- telecirurgia – cirurgia realizada a distância mediada por tecnologia, como equipamentos robóticos;
- telemonitoramento ou televigilância – monitoramento ou vigilância online de parâmetros de saúde ou doença, com a coleta de dados, realizado em clínicas médicas, instituições de longa permanência de idosos ou outros locais;
- teletriagem – triagem médica feita remotamente para direcionar o paciente ao atendimento mais adequado;
- teleconsultoria – consultoria mediada por tecnologias digitais feita entre médicos, gestores de saúde e outros profissionais.
Como surgiu a telemedicina?
Apesar de ser uma prática mais recente, é importante saber que a telemedicina tem origem com a evolução dos computadores e internet.
Um fato de destaque foi em 1967 quando um hospital de Massachusetts, nos Estados Unidos, foi conectado ao aeroporto de Boston. A ideia, na época, era que o hospital pudesse atender as emergências no aeroporto a distância, ou seja, a partir dos dados do paciente, passar recomendações básicas até que ele pudesse ser levado de ambulância.
No entanto, a telemedicina só passou a ganhar evidência nos últimos anos e teve um grande impulso com a pandemia da Covid-19. Afinal, foi necessário o isolamento social, evitando que as pessoas se deslocassem até clínicas e consultórios.
No Brasil, a primeira resolução do CFM normatizando a telemedicina é de 2002.
Qual a importância da tecnologia na área da saúde?
A telemedicina é um grande avanço nos serviços de saúde, pois traz agilidade para consultas e emissão de laudos, além de possibilitar que pessoas em locais mais distantes possam ter atendimento médico especializado. Assim, é um instrumento importante na promoção da saúde.
Com essa tecnologia, os médicos podem também ter a opinião de outros colegas para discutir casos clínicos, ajudando a oferecer um atendimento de mais qualidade aos seus pacientes.
Vale ressaltar que temos ainda o uso da inteligência artificial (IA) em serviços de telemedicina, auxiliando na precisão de diagnósticos, na agilidade na triagem e no monitoramento a distância de pacientes e também na descoberta de padrões de pesquisas científicas na área da saúde.
Quais os benefícios da telemedicina?
A telemedicina já é uma realidade nos serviços médicos e apresenta diferentes benefícios para pacientes, médicos e instituições de saúde, como:
- acesso ampliado ao atendimento médico, permitindo consultas com especialistas e laudos em locais mais distantes;
- redução do contágio por infecções e da lotação em unidades de saúde;
- agilidade no atendimento médico;
- comodidade ao paciente, que não precisa se deslocar até uma clínica ou consultório;
Quais os cuidados necessários no teleatendimento?
Apesar de tantas vantagens, cabe ressaltar que é preciso tomar uma série de cuidados no teleatendimento, como:
- a telemedicina só pode ser realizada em território nacional;
- é preciso haver o sigilo das informações trocadas entre médico e paciente;
- todas as informações do paciente precisam ser registradas em prontuário eletrônico;
- o médico precisa realizar as notificações compulsórias segundo orientações do Ministério da Saúde;
- deve haver autonomia do médico para decidir se faz ou não uso da telemedicina;
- é preciso haver o consentimento do paciente para o atendimento a distância.
Como deu para perceber, os avanços tecnológicos propiciam que a telemedicina seja realizada com qualidade pelos médicos, porém é essencial que seu uso atenda todas as normas do CFM.
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Perguntas Frequentes / FAQ
Pode pedir exame por telemedicina?
Durante a consulta de telemedicina, após conversar com o paciente, avaliando sintomas e seu histórico de saúde, o médico pode solicitar exames.
Quem pode atender na telemedicina?
Qualquer médico pode atender na telemedicina desde que haja consentimento do paciente.
É possível pegar atestado por telemedicina?
Sim, ao fazer a teleconsulta, o médico pode emitir um atestado online para o paciente.
Qual a média salarial de um médico por telemedicina?
A média de salário para o médico que trabalha por telemedicina é de R$ 11.054, porém podem ocorrer variações na remuneração dependendo da cidade de atuação, especialidade médica e da experiência do profissional.