A concordância verbal é um dos pilares da gramática da língua portuguesa e está presente em quase todos os textos escritos e falados. Ela consiste na relação de harmonia entre o sujeito de uma oração e o verbo, que deve concordar com ele em número e pessoa.
Para quem está se preparando para o ENEM, dominar esse conceito é essencial, já que ele aparece frequentemente em questões de gramática e interpretação de texto.
A seguir, vamos explicar as regras fundamentais de concordância, apontar as principais diferenças entre concordância verbal e nominal e abordar as situações específicas, como sujeito composto e locução verbal. Boa leitura!
O que é concordância verbal?
Concordância verbal é o ajuste que ocorre entre o sujeito e o verbo de uma oração, garantindo que o verbo concorde com o sujeito em número (singular ou plural) e pessoa (primeira, segunda ou terceira).
Esse ajuste garante que a frase esteja correta do ponto de vista gramatical e seja compreensível. A concordância verbal é essencial para garantir a clareza na comunicação. Ela é aplicada em todas as formas verbais e depende da identificação correta do sujeito da oração.
No ENEM, essa competência é avaliada tanto em questões de múltipla escolha quanto na redação, onde o uso correto da concordância pode fazer a diferença na nota.
Qual sua importância?
A concordância verbal é importante porque contribui diretamente para a construção de frases corretas e coerentes. Um erro de concordância pode comprometer o entendimento de uma mensagem e causar ambiguidade ou confusão no leitor.
No ENEM, uma redação com erros de concordância demonstra falta de domínio da norma culta da língua, o que pode impactar negativamente a avaliação do texto.
Além disso, a concordância verbal aparece frequentemente em questões de gramática, especialmente em perguntas que avaliam a capacidade do candidato de reconhecer e aplicar regras básicas da língua portuguesa.
Diferenças entre concordância verbal e nominal
Enquanto a concordância verbal regula a relação entre o sujeito e o verbo, a concordância nominal se refere à relação de concordância entre o substantivo e seus determinantes, como adjetivos, artigos e pronomes.
Na concordância nominal, todos esses elementos devem concordar com o substantivo em gênero (masculino ou feminino) e número (singular ou plural).
Por exemplo:
- na concordância verbal: “As meninas cantaram.” (sujeito “meninas” + verbo “cantar”);
- na concordância nominal: “As meninas são alegres.” (substantivo “meninas” + adjetivo “alegres”).
Esses dois tipos de concordância são fundamentais para a construção de frases corretas e devem ser aplicados simultaneamente em textos formais, como a redação do ENEM.
Principais regras da concordância verbal
Existem várias regras que regem a concordância verbal, dependendo do tipo de sujeito presente na oração. A seguir, destacamos as principais regras que você precisa conhecer para o ENEM!
1. Sujeito simples
Quando o sujeito é simples (ou seja, composto por um único núcleo), o verbo deve concordar com ele em número e pessoa. Veja alguns exemplos:
- “O aluno estuda para o ENEM.” (sujeito simples: “aluno”, verbo na 3ª pessoa do singular);
- “Os alunos estudam para o ENEM.” (sujeito simples: “alunos”, verbo na 3ª pessoa do plural).
Essa é a regra básica da concordância verbal e, geralmente, é a mais fácil de aplicar. No entanto, é fundamental identificar corretamente o sujeito para evitar erros, principalmente em frases mais complexas.
2. Sujeito composto
Quando o sujeito é composto (formado por dois ou mais núcleos), a concordância depende da posição dos núcleos e da forma como eles estão conectados. Veja as principais possibilidades:
- quando os núcleos são coordenados por “e”, o verbo vai para o plural: “João e Maria estudaram juntos.”;
- quando os núcleos estão separados por “ou” com valor de exclusão, o verbo concorda com o núcleo mais próximo: “Pedro ou João chegará primeiro.”;
- se os núcleos indicam uma ideia de unidade ou conjunto, o verbo pode ficar no singular: “Pão e manteiga é meu café da manhã favorito.”.
Essa flexibilidade nas regras de concordância com sujeito composto exige atenção ao contexto da frase e à relação entre os núcleos do sujeito.
3. Oração sem sujeito
Em orações sem sujeito, o verbo é impessoal e fica sempre na 3ª pessoa do singular. Esse tipo de oração ocorre principalmente com verbos que indicam fenômenos da natureza ou com os verbos “haver” e “fazer” no sentido de existência ou tempo decorrido.
Exemplos:
- “Choveu ontem à noite.” (verbo impessoal que indica fenômeno da natureza);
- “Há muitos estudantes na biblioteca.” (verbo impessoal “haver” no sentido de existir);
- “Faz dois anos que me formei.” (verbo “fazer” no sentido de tempo decorrido).
No ENEM, orações sem sujeito costumam ser cobradas em questões que envolvem a análise sintática de frases.
4. Locução verbal
A locução verbal é formada por um verbo auxiliar mais um verbo principal (geralmente no infinitivo, gerúndio ou particípio). A concordância verbal ocorre com o verbo auxiliar, que deve concordar com o sujeito da oração.
Exemplos:
- “Os alunos vão estudar para a prova.” (o verbo auxiliar “vão” concorda com o sujeito “alunos”);
- “Ela está escrevendo a redação.” (o verbo auxiliar “está” concorda com o sujeito “ela”).
Em locuções verbais, o verbo auxiliar assume a flexão de número e pessoa, enquanto o verbo principal permanece na forma impessoal (infinitivo, gerúndio ou particípio).
A concordância verbal é um dos aspectos mais importantes da gramática e tem grande relevância nas questões do ENEM, tanto na prova de Linguagens quanto na redação.
Entender as regras que envolvem a concordância verbal é essencial para evitar erros e garantir a clareza e a correção do texto. Para garantir uma boa pontuação no ENEM, dedique-se a praticar esse conteúdo e dominar as principais normas.
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